Tuesday, November 01, 2005
REGRESSO A MOÇAMBIQUE
13.º e 14.º dias - 31 de Outubro e 1 de Novembro - MAPUTO
Os últimos dois dias da viagem (até porque o Pedro tinha de ir trabalhar, ficando nós com o dia todo por nossa conta) foram ocupados a percorrer demoradamente a cidade de Maputo, revisitando os lugares de outrora, muitas vezes os mesmos apenas com nomes diferentes, e foi assim que visitamos a Casa de Ferro trazida da exposição universal de Paris (hoje o Centro Cultural Franco-Moçambicano), a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição (transformada em Museu Militar), a célebre Rua Araújo, o Bazar da Baixa (Mercado Central, construído em 1901, com o seu burburinho habitual, repleto de bancadas a vender camarão, peixe, castanha de caju, e vegetais), a Catedral e o Jardim Tuduru (antigo Vasco da Gama), a Mesquita da Baixa, o Museu da Moeda (antiga Casa Amarela e sede do primeiro governo colonial), a espectacular Estação dos Caminhos de Ferro (desenhada em 1910 por Gustave Eiffel, com as suas estruturas originais de ferro forjado e as suas colunas de mármore, e no interior as duas locomotivas originais a vapor que datam do século XIX) o Museu de História Natural (antigo Museu Álvaro de Castro, onde se encontram expostas embalsmadas várias espécies dos animais existentes em Moçambique e uma colecção única no mundo de fetos de elefantes mostrando a sua evolução em cada mês de gestação) almoçamos no celeberrimo “Piri-Piri” e no renovado Miramar (logo no início da Marginal), tomamos uma bebida ao fim da tarde no mítico Polana, adquirimos nos mercados informais de rua alguns batiques e peças de artesanato local, enfim calcorreamos a pé ou de carro toda a cidade.
Descobrimos que se a antiga Lourenço Marques, jóia da coroa imperial, pérola do Índico, bela, descontraída e sofisticada, geométrica, recortada por avenidas largas e arranha-céus, bordadas de acácias e jacarandás, palco de um quotidiano descontraído, já não existe, a sua sucessora Maputo que, com a independência e a guerra se tornou numa sombra do passado, encontra-se num iminente despertar - impressiona o ambiente de simpatia e sociabilidade dos seus cidadãos que não denotam, principalmente dos mais humildes, qualquer animosidade para com os portugueses nem vontade efectiva de renegar o passado colonialista, estando as opiniões críticas em relação ao regime colonialista circunscritas a círculos muito restritos da intelectualidade moçambicana muito próxima do poder frelimista - e cada vez mais acolhedora, apaixonante e cosmopolita.
Os últimos dois dias da viagem (até porque o Pedro tinha de ir trabalhar, ficando nós com o dia todo por nossa conta) foram ocupados a percorrer demoradamente a cidade de Maputo, revisitando os lugares de outrora, muitas vezes os mesmos apenas com nomes diferentes, e foi assim que visitamos a Casa de Ferro trazida da exposição universal de Paris (hoje o Centro Cultural Franco-Moçambicano), a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição (transformada em Museu Militar), a célebre Rua Araújo, o Bazar da Baixa (Mercado Central, construído em 1901, com o seu burburinho habitual, repleto de bancadas a vender camarão, peixe, castanha de caju, e vegetais), a Catedral e o Jardim Tuduru (antigo Vasco da Gama), a Mesquita da Baixa, o Museu da Moeda (antiga Casa Amarela e sede do primeiro governo colonial), a espectacular Estação dos Caminhos de Ferro (desenhada em 1910 por Gustave Eiffel, com as suas estruturas originais de ferro forjado e as suas colunas de mármore, e no interior as duas locomotivas originais a vapor que datam do século XIX) o Museu de História Natural (antigo Museu Álvaro de Castro, onde se encontram expostas embalsmadas várias espécies dos animais existentes em Moçambique e uma colecção única no mundo de fetos de elefantes mostrando a sua evolução em cada mês de gestação) almoçamos no celeberrimo “Piri-Piri” e no renovado Miramar (logo no início da Marginal), tomamos uma bebida ao fim da tarde no mítico Polana, adquirimos nos mercados informais de rua alguns batiques e peças de artesanato local, enfim calcorreamos a pé ou de carro toda a cidade.
Descobrimos que se a antiga Lourenço Marques, jóia da coroa imperial, pérola do Índico, bela, descontraída e sofisticada, geométrica, recortada por avenidas largas e arranha-céus, bordadas de acácias e jacarandás, palco de um quotidiano descontraído, já não existe, a sua sucessora Maputo que, com a independência e a guerra se tornou numa sombra do passado, encontra-se num iminente despertar - impressiona o ambiente de simpatia e sociabilidade dos seus cidadãos que não denotam, principalmente dos mais humildes, qualquer animosidade para com os portugueses nem vontade efectiva de renegar o passado colonialista, estando as opiniões críticas em relação ao regime colonialista circunscritas a círculos muito restritos da intelectualidade moçambicana muito próxima do poder frelimista - e cada vez mais acolhedora, apaixonante e cosmopolita.