Sunday, October 23, 2005

REGRESSO A MOÇAMBIQUE

5.º dia – 23 de Outubro – África do Sul - Montanhas Drakensberg

Domingo, 23 de Outubro, saímos cedo de Nelspruit tomando a direcção das Montanhas Drakensberg, situadas na Província de Mpumalanga, que exibe algumas das mais belas paisagens da África. A primeira paragem foi para disfrutar do “God’s Window” (admito que o nome possa ser demasiado presunçoso) mas a verdade é que impressiona a imensidão de um vale que se avista do alto de uma montanha de mais de 2.000 metros de altitude, através de diversos mirantes, de onde se têm vistas deslumbrantes, sendo possível até avistar Moçambique (desde que não haja bruma..., o que não foi o nosso caso).
Depois e após umas dezenas de Kms percorridos chegamos ao Mpumalanga Park, para ver as curiosas “Bourke’s Luck Potholes”: formações rochosas muito interessantes, que fazem lembrar grandes potes, escavadas naturalmente pelos Rios Blyde (Alegre) e Truer (Triste), a que se acede facilmente através de um percurso pedestre dotado de pontes e plataformas de onde se pode observar toda a sua beleza com imagens realmente impressionantes como as das fantásticas cachoeiras ou o espectacular contraste da espuma da água branquinha nas rochas absolutamente negras.
De seguida, avançamos até o “Blyde River Canyon”, que é um verdadeiro espetáculo, exibindo uma paisagem fantástica, um canyon imenso, defronte os “Tree Rondables” (que produto da natureza se assemelham a três rondáveis como se tivessem sido feitos pelo próprio homem), as montanhas em curvas sinuosas, o rio plácido correndo sem pressa no vale, uma vista que dava vontade de ficar sentado o dia todo, só admirando, sem dizer nada, sem pensar nada.
Optamos por não visitar outros pontos turísticos relevantes nesta área como as Berlin Falls ou as Lisbon Falls (quedas d’água descobertas respectivamente por um minerador alemão e um explorador português) e seguir directamente até à cidade mineira de “Pilgrim´s Rest” que é hoje um museu vivo onde os visitantes podem reviver a época da corrida ao ouro no Transvaal desde que em 1873 o escocês Alec Patterson descobriu ouro no vale do Pilgrim a que se seguiu a corrida de exploradores à região e, em consequência, sido criado o “Pilgrim´s Rest” (“o descanso do Pilgrim”) transformado em centro social dos exploradores. A exploração mineira esteve activa até 1972 sendo hoje um monumento nacional digno de ser visitado.
Aliás, o que impressiona na África do Sul é a pujança do seu turismo, pois em apenas dois dias e circunscrito à província de Mpumalanga (ex- Transvaal) foi possível observar turistas provenientes de toda a parte do mundo (franceses, belgas, brasileiros, etc., etc.).
Acabamos por almoçar em “Pilgrim´s Rest” após o que optamos por regressar de imediato a Maputo, com vista a evitar as confusões da passagem das fronteiras do final dos domingos, tendo após uma calma e tranquila viagem de pouco mais de duas horas chegado a capital moçambicana. Tempo para arrumar as malas, tomar um banho, jantar como frequentemente fizemos na “Sala do Professor” – um restaurante português situado no “campus” da Universidade Eduardo Mondlane, próximo da verdadeira “tasca Poruguesa” mas onde se come muito bem em termos de relação “qualidade-preço”, como por ex. nesse jantar em que degustamos uma excelente galinha de cabidela – a fim de ainda podermos assistir pela RTP África ao Paços de Ferreira com o “nosso Sporting” (a nossa paixão leonina, minha e do Pedro, é imemorial e não morre jamais mesmo na longíqua África, como também embora mais recente até por força da idade a do meu sobrinho Mané, só mesmo o meu irmão Tomané é do Belenenses) razão para seguirmos o jogo, embora desiludidos com o empate final de 2-2, para logo de seguida irmos dormir um pouco, porque logo pela manhã de 2.ª feira partiríamos para Vila Pery (Chimoio).


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