Monday, October 10, 2005
COSMOPOLITISMO DO CHIMOIO E DE VILA PERY
“Pequena cidade agrícola do centro de Moçambique” Chimoio é hoje um dos lugares mais cosmopolitas do país.” ( a visão deformada do "EXPRESSO)
O Chimoio é hoje efectivamente uma pequena cidade agrícola, ao contrário da sua antecessora Vila Pery considerada como o «celeiro de Moçambique», e à data da independência o 5.º centro económico e populacional de Moçambique, logo a seguir a Lourenço Marques (Maputo), Beira, Nampula e Quelimane, sendo que ainda antes de ter passado a capital da Província de Manica em 1973 (resultado do desmembramento da Província de Manica e Sofala, nas duas províncias, a de Sofala, com sede na cidade da Beira, e a de Manica com capital na “Cidade de Vila Pery”) encontrando-se já, em termos de desenvolvimento e prosperidade económicas, posicionada à frente das outras capitais provinciais como Inhambane, Tete, Porto Amélia (actual Pemba), Vila Cabral (actual Lichinga).
E quanto ao cosmopolitismo de Vila Pery, bem além dos portugueses (e os brancos de origem europeia já aí nascidos) e dos negros moçambicanos, havia indianos da Índia e do Paqistão (Mussa, Kantilhal, Duda, Nadat e tantos outros que dominavam o pequeno comércio local), chineses, gregos (Poriazis, Petridis, os homens das padarias como em toda a África), alemães (Boy - quem não se lembra dos seus filhos, Rudiger, Ian e Monika - Sclilduaher, Radak , a maior parte deles aqui radicados e fugidos da “barbarie hitleriana” da 2.ª Grande Guerra), suiços (Link, grande amigo do meu pai, e que no regresso à Suiça em 1975 viu ressarcidos pelo governo suiço todos os bens da “farme” que possuía em Vila Pery, ao contrário dos portugueses que a maior parte deles faleceram sem que essa “justiça” se lhes tivesese sido feita pelo governo português).
Mais cosmopolitismo que este! Francamente, senhores jornalistas não era de terem estudado melhor a história, e verem que esse cosmopolitismo já vinha de bem bem longe, como é evidente pelo relato do "GUIDE TO THE MOZAMBIQUE CO. "TERRITORY", datado de 1902, em que «Mandigos (futura Vila Pery), sede da circunscrição de Chimoio, aparece com uma população constituída por 32 europeus, dos quais 10 portugueses e 16 ingleses (o que é sintomático da predominância britânica na zona), 25 asiáticos e 6364 negros».
E quanto ao cosmopolitismo de Vila Pery, bem além dos portugueses (e os brancos de origem europeia já aí nascidos) e dos negros moçambicanos, havia indianos da Índia e do Paqistão (Mussa, Kantilhal, Duda, Nadat e tantos outros que dominavam o pequeno comércio local), chineses, gregos (Poriazis, Petridis, os homens das padarias como em toda a África), alemães (Boy - quem não se lembra dos seus filhos, Rudiger, Ian e Monika - Sclilduaher, Radak , a maior parte deles aqui radicados e fugidos da “barbarie hitleriana” da 2.ª Grande Guerra), suiços (Link, grande amigo do meu pai, e que no regresso à Suiça em 1975 viu ressarcidos pelo governo suiço todos os bens da “farme” que possuía em Vila Pery, ao contrário dos portugueses que a maior parte deles faleceram sem que essa “justiça” se lhes tivesese sido feita pelo governo português).
Mais cosmopolitismo que este! Francamente, senhores jornalistas não era de terem estudado melhor a história, e verem que esse cosmopolitismo já vinha de bem bem longe, como é evidente pelo relato do "GUIDE TO THE MOZAMBIQUE CO. "TERRITORY", datado de 1902, em que «Mandigos (futura Vila Pery), sede da circunscrição de Chimoio, aparece com uma população constituída por 32 europeus, dos quais 10 portugueses e 16 ingleses (o que é sintomático da predominância britânica na zona), 25 asiáticos e 6364 negros».
