Tuesday, October 04, 2005
Como é que os agricultores portugueses não descobriram as potencialidades agrícolas de Moçambique?
Vou então desmontar, sem a mínima ponta de demagogia, todas as incongruências, meias-verdades, falsidades, "historietas" destes jornalistas (da VISÃO e EXPRESSO) acreditando que se não existe nada demais por detrás das reportagens, tal se deve à óbvia ignorância que os mesmos revelam (o que também não abona nada a seu favor) do que era a realidade de Vila Pery (futura Chimoio) há 30 anos atrás, à data da independência de Moçambique.
«Como é que os agricultores portugueses não descobriram as potencialidades agrícolas de Moçambique?» Atrás dos agricultores, vieram outros investidores, ligados ao comércio de produtos para a agricultura: vendedores de tractores, de alfaias, de fertilizantes, de sementes, de produtos de veterinária e de tudo o mais que preciso seja...
Esta para quem tenha conhecido minimamente Vila Pery, é de uma pessoa “passar-se” de vez (como se diz na gíria popular) na medida em que quem escreve isto, não faz a mínima ideia do que está a dizer.
Vou tentar explicar à enviada especial da “VISÃO” Ana Tomás Ribeiro, o contexto em que foi criada e se desenvolveu Vila Pery (a actual Chimoio) sob domínio colonial português. Sei lá, antes de partir para o Chimoio para fazer a reportagem, não lhe teria ficado mal passar pela Sociedade de Geografia em Lisboa ou pelo Arquivo Histórico de Moçambique em Maputo e inteirar-se do que foi a então Vila Pery, pois certamente desse modo não escreveria tanto «disparate».
Na realidade, Vila Pery nasceu e cresceu (embora se tenha valorizado posteriormente nos anos 50 em virtude de terem sido ali instaladas duas empresas de dimensão considerável, a TEXTÁFRICA – maior empresa têxtil do sul de África - e a SHER – empresa hidroeléctrica exploradora das barragens da Chicamba e Mavúzi no rio Revue, e até à construção de Cahora Bassa, o maior empreendimento hidroeléctrico de Moçambique, embora curiosamente a sede da empresa se situasse na Avenida 5 de Outubro em Lisboa ...) associada essencialmente ao desenvolvimento agrícola do planalto de Manica e Sofala pela então Companhia de Moçambique.
Vou tentar explicar à enviada especial da “VISÃO” Ana Tomás Ribeiro, o contexto em que foi criada e se desenvolveu Vila Pery (a actual Chimoio) sob domínio colonial português. Sei lá, antes de partir para o Chimoio para fazer a reportagem, não lhe teria ficado mal passar pela Sociedade de Geografia em Lisboa ou pelo Arquivo Histórico de Moçambique em Maputo e inteirar-se do que foi a então Vila Pery, pois certamente desse modo não escreveria tanto «disparate».
Na realidade, Vila Pery nasceu e cresceu (embora se tenha valorizado posteriormente nos anos 50 em virtude de terem sido ali instaladas duas empresas de dimensão considerável, a TEXTÁFRICA – maior empresa têxtil do sul de África - e a SHER – empresa hidroeléctrica exploradora das barragens da Chicamba e Mavúzi no rio Revue, e até à construção de Cahora Bassa, o maior empreendimento hidroeléctrico de Moçambique, embora curiosamente a sede da empresa se situasse na Avenida 5 de Outubro em Lisboa ...) associada essencialmente ao desenvolvimento agrícola do planalto de Manica e Sofala pela então Companhia de Moçambique.