Wednesday, June 01, 2005

HISTÓRIA CAHORA BASSA ( FIM )

Termino a “História de Cahora Bassa”, num momento em que se aproximam momentos de transformação bem positiva (para Moçambique e para Portugal) da situação do empreendimento.
Efectivamente, a recente revisão tarifária (com a passagem de 3,6 cêntimos de rand para 12,52 cêntimos por Kwh de energia transmitida a atingir em 2007, tendo-se alcançado em 2004 já 60% desse valor) resultante da ratificação do novo acordo tarifário com a África do Sul concluído em 2004, permite à HCB gerar os meios financeiros suficientes para saldar a dívida ao Estado português de 1.800 milhões de dólares (nas contas do exercício de 2004, pela primeira vez nos seus 30 anos de existência a empresa registou lucros de 381 milhões de €uros), viabilizando – desde que os governos de Portugal e Moçambique compreeendam nas negociações para a transferência da barragem que há interesses mútuos dos dois países que importa salvaguardar, e principalmente que o governo moçambicano deixe de considerar nessas negociações como parceiro estratégico “preferencial” a África do Sul, até hoje verdadeiramente o único beneficiário do empreendimento – a alienação por Portugal dos 83% do capital que ainda detém na empresa, e dando finalmente azo à “velha” e “legítima” aspiração moçambicana de a Hidroléctrica de Cahora Bassa passar a ser um património sob gestão dos moçambicanos
.

Comments: Post a Comment

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?