Wednesday, April 13, 2005
HISTÓRIA DE CAHORA BASSA ( 7 )
O Estado Novo e Política Colonial
Convencidos da "missão civilizadora" que Portugal detinha, historicamente, nas suas possessões ultramarinas, em especial em África, os governantes portugueses, que se impuseram através do pronunciamento militar de 28 de Maio de 1926, iniciaram a construção de um instrumento teórico-legal, em relação àqueles espaços, que se corporizou no Acto Colonial de 1930, inserido na Constituição de 1933. Na realidade, viviam-se os tempos dos "impérios coloniais" e o Governo Português de então, a exemplo de outros, mostrava-se preocupado no desenvolvimento dos espaços que considerava essenciais para a sua própria sobrevivência.
O Acto Colonial procurava delinear a colonização e a defesa desses territórios, bem como resolver os problemas financeiros, mais ou menos graves, com que estes se debatiam.
No entanto, durante largos anos, não se assistiram a grandes mudanças, e apenas a partir do final da Segunda Guerra Mundial, dispondo de uma acumulação considerável de capitais, com o advento das ideias da autodeterminação dos povos, das primeiras independências em África e, fundamentalmente, iniciadas as lutas por essa independência nos seus próprios territórios ultramarinos é que o Governo do Estado Novo se começa a interessar pelo desenvolvimento efectivo desses espaços. Assim, ao grande movimento de capitais para África no final dos anos 40 do séc. passado, segue-se a construção teórica de um futuro "Espaço Económico Português" baseado na criação, sobretudo em Angola e Moçambique, de economias fortes que, juntamente com a metropolitana fizessem parte do pretendido "Portugal pluricontinental e pluriracial".
Várias foram as tentativas para conseguir concretizar aquilo que se tinha teorizado, desde a criação de infra-estruturas até à política de colonização e povoamento agrícola de várias regiões, embora nada tivesse resultado tal qual se esperava.
A partir dos anos 60 do séc. anterior, o Governo Português, pressionado pela comunidade internacional que observa, e critica, os acontecimentos que se desenrolam em África, aumenta o esforço de criação de infra-estruturas e projectos de desenvolvimento, em especial em Angola e Moçambique, que possibilitassem uma rápida recuperação do atraso economico-social destes territórios, em cujo âmbito encontramos variadíssimas obras que arrancam a "todo o vapor", entre as quais uma a quem alguém já chamou "a obra do século em África": o empreendimento de Cahora Bassa.
Convencidos da "missão civilizadora" que Portugal detinha, historicamente, nas suas possessões ultramarinas, em especial em África, os governantes portugueses, que se impuseram através do pronunciamento militar de 28 de Maio de 1926, iniciaram a construção de um instrumento teórico-legal, em relação àqueles espaços, que se corporizou no Acto Colonial de 1930, inserido na Constituição de 1933. Na realidade, viviam-se os tempos dos "impérios coloniais" e o Governo Português de então, a exemplo de outros, mostrava-se preocupado no desenvolvimento dos espaços que considerava essenciais para a sua própria sobrevivência.
O Acto Colonial procurava delinear a colonização e a defesa desses territórios, bem como resolver os problemas financeiros, mais ou menos graves, com que estes se debatiam.
No entanto, durante largos anos, não se assistiram a grandes mudanças, e apenas a partir do final da Segunda Guerra Mundial, dispondo de uma acumulação considerável de capitais, com o advento das ideias da autodeterminação dos povos, das primeiras independências em África e, fundamentalmente, iniciadas as lutas por essa independência nos seus próprios territórios ultramarinos é que o Governo do Estado Novo se começa a interessar pelo desenvolvimento efectivo desses espaços. Assim, ao grande movimento de capitais para África no final dos anos 40 do séc. passado, segue-se a construção teórica de um futuro "Espaço Económico Português" baseado na criação, sobretudo em Angola e Moçambique, de economias fortes que, juntamente com a metropolitana fizessem parte do pretendido "Portugal pluricontinental e pluriracial".
Várias foram as tentativas para conseguir concretizar aquilo que se tinha teorizado, desde a criação de infra-estruturas até à política de colonização e povoamento agrícola de várias regiões, embora nada tivesse resultado tal qual se esperava.
A partir dos anos 60 do séc. anterior, o Governo Português, pressionado pela comunidade internacional que observa, e critica, os acontecimentos que se desenrolam em África, aumenta o esforço de criação de infra-estruturas e projectos de desenvolvimento, em especial em Angola e Moçambique, que possibilitassem uma rápida recuperação do atraso economico-social destes territórios, em cujo âmbito encontramos variadíssimas obras que arrancam a "todo o vapor", entre as quais uma a quem alguém já chamou "a obra do século em África": o empreendimento de Cahora Bassa.