Tuesday, February 01, 2005
CHIBATA - A RAZÃO DO NOME
O nome do blog “choachibata” resulta da conjugação de dois nomes que estão intimamente relacionados com as minhas origens, o de Chibata (que nada tem a ver com a célebre Revolução da Chibata), mas antes com o nome da circunscrição do mesmo nome sediada no concelho de Manica, em Moçambique, e onde se situava a propriedade agrícola dos meus pais (Frutuoso Antunes e Maria Amélia, aqueles que foram, são e serão sempre os meus maiores ídolos, e que infelizmente já não estão hoje aqui para ler o que escrevo, mas onde quer que estejam sabem quantas saudades tenho deles ...), adquirida em 1934 à Companhia de Moçambique (há um excelente blog com este nome “companhiade mocambique.blogspot.com) uma das três companhias magestáticas a quem o Governo Português concedeu o governo e a exploração de todo o território da então colónia de Moçambique situada a norte do rio Save.
O meu pai abandonou então a sua condição de operário da CUF do Barreiro para chamado por um irmão (tio José Antunes, que de todos os meus familiares – e havia na nossa família membros de 3.ª geração nascidos em Moçambique – é o único que se encontra enterrado em solo moçambicano no cemitério de Vila Pery) – na verdade, para se ir então para as colónias era “condição sine qua non” a existência carta de chamada de um familiar – à procura de melhor vida para si e para a família que viria posteriormente a constituir e da qual foi um dos descendentes (mais os meus 2 irmãos, Tomané e Fandy).
Como já havia registado um blog com o nome de Chibata (de origem brasileira) vi-me obrigado a predesigná-lo de “Choa” como era chamada na língua nativa a terra mais fértil da “farme” (designação que como a de “farmeiros” como eram conhecidos na época os agricultores do planalto de Manica, provinham do inglês “farmer” por força da contiguidade da região com o então território sob dominação inglesa da Rodésia do Sul integrado na Federação das Rodésias e Niassalândia cujo desmembramento pós-independência deu origem ao Zimbabwe, Zâmbia e Malawi, e da grande influência exercida pela Companhia de Moçambique constituída maioritariamenet por capitais ingleses)
Não se admirem, por isso, que neste blog venha a reflectir muito sobre colonialismo, pós-colonialismo, lusofonia, lusotropicalismo, CPLP, África, Moçambique, porque independentemente de ser português, as minhas raízes e muito da explicação do meu trajecto pessoal e profissional se encontram aí ....
O meu pai abandonou então a sua condição de operário da CUF do Barreiro para chamado por um irmão (tio José Antunes, que de todos os meus familiares – e havia na nossa família membros de 3.ª geração nascidos em Moçambique – é o único que se encontra enterrado em solo moçambicano no cemitério de Vila Pery) – na verdade, para se ir então para as colónias era “condição sine qua non” a existência carta de chamada de um familiar – à procura de melhor vida para si e para a família que viria posteriormente a constituir e da qual foi um dos descendentes (mais os meus 2 irmãos, Tomané e Fandy).
Como já havia registado um blog com o nome de Chibata (de origem brasileira) vi-me obrigado a predesigná-lo de “Choa” como era chamada na língua nativa a terra mais fértil da “farme” (designação que como a de “farmeiros” como eram conhecidos na época os agricultores do planalto de Manica, provinham do inglês “farmer” por força da contiguidade da região com o então território sob dominação inglesa da Rodésia do Sul integrado na Federação das Rodésias e Niassalândia cujo desmembramento pós-independência deu origem ao Zimbabwe, Zâmbia e Malawi, e da grande influência exercida pela Companhia de Moçambique constituída maioritariamenet por capitais ingleses)
Não se admirem, por isso, que neste blog venha a reflectir muito sobre colonialismo, pós-colonialismo, lusofonia, lusotropicalismo, CPLP, África, Moçambique, porque independentemente de ser português, as minhas raízes e muito da explicação do meu trajecto pessoal e profissional se encontram aí ....
Ver a localização da Chibata
Comments:
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Ok, já sei quem tu és! embora não me lembre de ti (preciso de ver fotos da época). Irmão do Tomané e da Fandy, com quem andei no colégio, interna desde 1961 a 1963, e depois externa até 1968.
Estou a adorar o que estou lendo. Obrigado por toda esta informação.
Abraço.
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Estou a adorar o que estou lendo. Obrigado por toda esta informação.
Abraço.
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