Wednesday, August 15, 2007
UMA QUINHENTA
UMA QUINHENTA
Da minha última viagem a Moçambique, trouxe algo que encerra, em cada um de nós, um sem número de recordações e memórias da nossa juventude e adolescencia: uma quinhenta!
Essa mesma em que estás a pensar!
Aquela mesma moedinha que nos traz recordações da nossa infância, do tempo da escola, enfim, dum tempo já longínquo, mas nunca esquecido.
Quantos “scones” compraste nos intervalos das aulas ou à saída da escola, vendidos sem qualquer tipo de protecção, pelos “vendedores ambulantes”, que tanto te deliciavam e que custavam uma quinhenta?
E quando gastavas uma quinhenta num pacotinho de milho torrado, o qual, tantas vezes, era dividido com os colegas?
Uma quinhenta = dois pirolitos. Sim! Aqueles cones de açúcar derretido com um corante encarnado, um palito no fundo e enrolado num papel vegetal? Lembras-te quantos amigos apareciam logo para dar uma trincadela no teu… pirolito?
E ainda aquele cone de papel de jornal, que cada vez era mais apertado, onde punham uma quinhenta de amendoim e a respectiva “bacela”?
Higiene? Data de validade? Etc., etc.? Nada disso. Apenas e só muita vitamina M que nos fez crescer e chegar até hoje.
Cada viagem de machimbombo custava-nos uma quinhenta! Podíamos correr a cidade de uma ponta à outra e ainda nos divertíamos à grande?
Quantas e quantas vezes regressávamos a casa a pé, ou quando conseguíamos ir de boleia no macimbombo, para poupar uma quinhentazita?
Mais tarde, quando já mais crescidos, vinham os mufanitas a pedir:
“Dá quinhenta, faz favor”.
Nesse tempo, no tempo da nossa quinhenta, não havia inflação nem as suas variantes: a quinhenta tinha mesmo o seu valor.
Todas estas memórias e tantas, tantas outras, perdidas no espaço e no tempo, apenas pelo preço de uma quinhenta!
Essa mesma em que estás a pensar!
Aquela mesma moedinha que nos traz recordações da nossa infância, do tempo da escola, enfim, dum tempo já longínquo, mas nunca esquecido.
Quantos “scones” compraste nos intervalos das aulas ou à saída da escola, vendidos sem qualquer tipo de protecção, pelos “vendedores ambulantes”, que tanto te deliciavam e que custavam uma quinhenta?
E quando gastavas uma quinhenta num pacotinho de milho torrado, o qual, tantas vezes, era dividido com os colegas?
Uma quinhenta = dois pirolitos. Sim! Aqueles cones de açúcar derretido com um corante encarnado, um palito no fundo e enrolado num papel vegetal? Lembras-te quantos amigos apareciam logo para dar uma trincadela no teu… pirolito?
E ainda aquele cone de papel de jornal, que cada vez era mais apertado, onde punham uma quinhenta de amendoim e a respectiva “bacela”?
Higiene? Data de validade? Etc., etc.? Nada disso. Apenas e só muita vitamina M que nos fez crescer e chegar até hoje.
Cada viagem de machimbombo custava-nos uma quinhenta! Podíamos correr a cidade de uma ponta à outra e ainda nos divertíamos à grande?
Quantas e quantas vezes regressávamos a casa a pé, ou quando conseguíamos ir de boleia no macimbombo, para poupar uma quinhentazita?
Mais tarde, quando já mais crescidos, vinham os mufanitas a pedir:
“Dá quinhenta, faz favor”.
Nesse tempo, no tempo da nossa quinhenta, não havia inflação nem as suas variantes: a quinhenta tinha mesmo o seu valor.
Todas estas memórias e tantas, tantas outras, perdidas no espaço e no tempo, apenas pelo preço de uma quinhenta!
Conto de um "chamuar" (amigo) moçambicano